segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Rio Maceió ainda representa um perigo para a saúde dos tourenses


Poluído pela própria população ribeirinha, rio é foco de doenças

Detritos de esgoto deságuam na orla de Touros diariamente pelo rio Maceió

Por: Pedro Morais //
Foto: Folha Press

Poucos se dão conta, mas toneladas de coliformes fecais são despejados na praia de touros diariamente através da barra do rio Maceió que deságua sem cessar milhões de litros de uma água impura e imprópria para o consumo das pessoas. Há décadas que o problema permanece sem uma medida verdadeiramente efetiva por parte das administrações publicas. Algumas administrações passadas, inclusive a atual da prefeita Luciana Farias realizou mutirões de limpeza do rio secular, no entanto o problema não se limita a uma simples faxina ecológica, vai bem mais além, é uma questão de educação. Até os anos setenta o Maceió era o principal foco de schistosoma do Nordeste. Foi preciso um trabalho de saúde pública a nível nacional, através da antiga Sucam, para que o problema fosse controlado. O então ministro da saúde, Dr. Paulo de Almeida Machado chegou a visitar Touros para conhecer de perto a situação.

O problema tem origem na imensa, porem anônima população ribeirinha que habita suas margens. Ao longo do curso do rio que nasce na lagoa do boqueirão, milhares de pessoas de baixa escolaridade em sua grande maioria, se encarregam de poluir o rio que deságua na praia de Touros. Não são poucas as famílias que ainda hoje utilizam a margem do rio para as suas necessidades fisiológicas, até mesmo os que tem banheiro em casa costumam utilizar o rio por uma questão cultural de pai para filho. Habituados a muitas décadas seguidas a usar o rio como um esgoto a céu aberto, seus moradores realizam tais tarefas sem nenhum constrangimento. Também são atirados no rio resto de comida, vísceras de animais entre outros detritos domésticos. Levando-se em consideração que cada pessoa é responsável por 3,5 quilos de lixo diários, toneladas são despejadas no rio Maceió todo santo dia. Só um trabalho intenso de educação nas escolas públicas e particulares durante pelo menos uma década e meia para resolver o problema.

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