
Participaram da reunião o prefeito de Natal, Carlos Eduardo, os deputados federais Zenaide Maia e Felipe Maia, secretários municipais de São Gonçalo, além de representantes da Fiern, Fecomércio e IFRN. Na manhã desta segunda-feira (25) Jaime Calado falou detalhes dos assuntos tratados e afirmou que “O RN está na disputa do Hub do Nordeste”.
Qual a importância dessa abertura de diálogo entre a Prefeitura de São Gonçalo e outras instituições do Estado com a TAM?
JC: A criação desse Hub, que é a concentração de conexões de voo de passageiros e cargas, é tão importante que o investimento é mais de três vezes o montante investido no próprio aeroporto, e se formos escolhidos deve gerar cerca de 10 mil empregos, não só em São Gonçalo, mas em todo o Estado. É um investimento mais que desejado não só por nós do Rio Grande do Norte, mas também por Pernambuco e Ceará.
Que diferencial São Gonçalo e o Estado oferecem em relação a Pernambuco e Ceará?
JC: Nós levamos um documento mostrando o diferencial que a Prefeitura de São Gonçalo oferece em relação a Recife e Fortaleza. O ISS (imposto sobre serviços) dessas duas capitais é de 5 %, ao passo que o nosso é de 2 % para atividades aeroportuárias. Isso dá um diferença de 3 % sobre todo o faturamento de um empreendimento desse porte, isso faz um diferencial importantíssimo. E aproveito para ressaltar aqui a importância do apoio do Governo do Estado. A redução do ICMS (imposto sobre circulação mercadorias e serviços) do querosene de aviação foi o que tornou viável nós estarmos no páreo e também a garantia do governador Robinson Faria de fazer os acessos, o que minimiza esse ponto fraco em relação aos outros concorrentes.
Quais as reais chances do RN na disputa pelo Hub?
JC: Ficou claro na reunião que de longo o nosso aeroporto é o melhor. Pela primeira vez, numa disputa com capitais maiores, nós temos o melhor equipamento. É a melhor pista do Brasil, a única feita para receber a nova geração de aviões como o A-380, nós temos um aeroporto cidades pronto para receber esse tipo de expansão, coisa que não acontece nos aeroportos de Recife e Fortaleza que são aeroportos completamente cercados e cheios de gargalos urbanos, não tem como resolver isso, além do mais o nosso é o único que é privado, então a burocracia é muito reduzida em relação aos outros dois aeroportos que são administrados por uma empresa pública, no caso a INFRAERO.
Pernambuco e Ceará contam com mercados mais desenvolvidos que o RN. Isso pode fazer a diferença?
JC: Nós temos uma série de vantagens, mas realmente o mercado local dos dois Estados é muito maior que o nosso, inclusive o número de voos locais e a movimentação econômica, mas como nós estamos tratando aqui de transporte aéreo, há um parêntese, tanto que o Frederico mostrou durante a reunião o exemplo de Dubai que era um deserto, na beira de um mar, não tinha nada e hoje é um Hub mundial, então esperamos e desejamos, e estamos na disputa para trazer esse Hub do Nordeste para o Estado.
A união de forças do RN conseguiu viabilizar o Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves. A união permanece em torno da disputa do Hub?
JC: A união é importante em todas as situações em que o desenvolvimento do Rio Grande do Norte esteja em jogo. Nesse caso ainda mais. Por isso eu destaco o apoio do Governo do Estado, do ministro do Turismo, Henrique Alves, toda a bancada federal, deputados e senadores, a Assembleia Legislativa, os vereadores de São Gonçalo, o prefeito de Natal Carlos Eduardo, que esteve conosco na reunião, a Fiern, Fecomércio e o IFRN que é um importante aliado na capacitação de profissionais das atividades aeroportuárias.
Que outras características o Rio Grande do Norte apresenta e que podem ser favoráveis na hora da escolha entre os três concorrentes?
JC: Eu fiz questão de realçar como o nosso povo é acolhedor, e isso foi um ponto de conformidade, já que um dos diretores da TAM já morou aqui em Natal, e ele fez questão de concordar com a receptividade do nosso povo e que isso faz uma diferença importante. Então a soma de apoios e a receptividade do nosso povo também é um fator a se considerar.
Do ponto de vista técnico, a diretoria sinalizou ou antecipou alguma avaliação que o deixou otimista?
JC: O fato deles reconhecerem que o nosso aeroporto é de longe o melhor é um ponto de vista técnico, mas eles são executivos de uma empresa muito profissional e para fazer um investimento dessa envergadura é preciso ser muito capacitado. Eles têm uma empresa contratada para fazer um estudo, junto com os técnicos dos três estados na disputa. Nós estamos prontos e eu confesso que saí muito otimista da reunião.
São Gonçalo está na disputa do Hub, então?
JC: O Rio Grande do Norte está na disputa sim.
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